sábado, 10 de outubro de 2009

A raiva e os relacionamentos

A raiva é particularmente destrutiva no convívio entre as pessoas. Quando vivemos em contato íntimo com alguém, nossas personalidades, prioridades, interesses e maneiras de fazer as coisas freqüentemente se chocam. Porque passamos tanto tempo juntos e conhecemos tão bem os defeitos da outra pessoa, é muito fácil sermos críticos e mal-humorados em relação a ela e culpá-la por tornar nossa vida insuportável. A menos que façamos um esforço contínuo para lidar com essa raiva tão logo ela surja, nosso relacionamento se desgastará.

Um casal pode se amar de verdade, mas se constantemente sentirem raiva um do outro, seus momentos de felicidade serão cada vez mais raros. Chegará um ponto em que antes de terem se refeito de uma briga, outra já terá começado. Como uma flor sufocada por ervas daninhas, o amor não pode sobreviver em tais circunstâncias.

A convivência íntima cria oportunidades para que a raiva surja inúmeras vezes num dia. Assim, para evitar que maus sentimentos se instalem, precisamos lidar com a raiva logo que ela surja em nossa mente.

Não esperamos o final do mês para lavar nossa louça diária, pois não queremos viver numa casa suja nem enfrentar um trabalho imenso e desagradável. Da mesma forma, precisamos nos esforçar para limpar a sujeira de nossa mente assim que ela aparecer, pois se permitirmos que se acumule, será cada vez mais difícil lidar com ela e colocaremos em risco nossos relacionamentos.

Deveríamos lembrar que cada momento de raiva é também uma oportunidade para desenvolvermos paciência. Um relacionamento cheio de conflitos de interesses é também uma oportunidade inigualável para desgastar nosso auto-agarramento-apreço e auto-agarramento-agarramento, as verdadeiras fontes de todos nossos problemas. .

É por meio da raiva e do ódio que transformamos as pessoas em inimigos. Costumamos pensar que a raiva surge quando encontramos uma pessoa desagradável, mas de fato é a raiva, que já esta dentro de nós, que converte aquela pessoa num suposto inimigo. Alguém que é controlado por sua raiva está envolto numa visão de mundo paranóica, cercado por inimigos imaginários.

A falsa crença de ser odiado por todos torna-se, às vezes, tão intensa que a pessoa é levada à loucura, vítima de sua própria delusão

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