domingo, 15 de maio de 2011

A prostração de Shariputra

Shariputra estava muito relutante em partir para espalhar a mensagem. Buda pediu-lhe para ir ao seu próprio reino. Ele era um príncipe, antes de se tornar um discípulo. Buda disse, ‘Agora é sua responsabilidade e sua compaixão ir até o seu povo: ao seu pai, sua mãe, a todo seu reino. Deixe que eles fiquem cientes do que você alcançou. Compartilhe, eles também têm o potencial.’

Ele estava muito relutante para partir. Buda disse, ‘Qual é a relutância? Agora eu estou dentro de você. Eu estou enviando-o para longe, sabendo perfeitamente bem que você não sentirá qualquer distância.’

Shariputra disse, ‘A distância não é o problema. Eu posso ir até a estrela mais distante e você ainda estará dentro do meu coração. O problema é que, estando aqui, eu toco os seus pés todos os dias. Você poderá estar em meu coração, mas como eu vou tocar os seus pés?’



Gautama Buda disse, ‘Você é um ser iluminado. Você não tem que tocar os meus pés.’

Shariputra disse, ‘Antes da iluminação, isto era um ritual. Eu tocava os seus pés apenas porque todo discípulo estava tocando. Mas agora não é mais um ritual. Agora é autêntica gratidão, porque sem você, eu não teria alcançado a mim mesmo. Embora isto estivesse sempre dentro de mim, eu não acho que sozinho seria capaz dessa descoberta, pelo menos, não nesta vida. A sua compaixão, o seu amor, as bênçãos que continuamente você derramou sobre mim, pouco a pouco, removeram tudo aquilo que não era eu mesmo. Agora, quando eu toco os seus pés, não é um ritual, é um alimento do coração. Eu me sinto nutrido. No dia em que eu deixo de tocar-lhe os pés, sinto um vazio. E sei que você está dentro de mim.’

Buda disse, ‘Todos vocês que se tornaram iluminados terão que aprender a estar longe de mim, e ao mesmo tempo não estarem longe de mim. É verdade que vocês não conseguirão tocar os meus pés, mas, de onde vocês estiverem, simplesmente se voltem para o lado onde vocês acham que eu estou e curvem-se até a terra. O meu corpo pertence à terra. Se vocês tocarem a terra com a mesma gratidão, estarão tocando a mim.’

Shariputra partiu. E as pessoas de seu reino não conseguiam acreditar; ele havia alcançado uma grande glória, uma grande magnificência, uma grande beleza. Tudo isto era milagroso, mas a curiosidade deles era porque todos os dias, pela manhã e ao anoitecer ele se voltava para a direção onde, longe, Buda estava morando, e tocava a terra com tremenda gratidão.

Eles diziam, ‘Você é um ser iluminado, não tem que tocar a terra.’

Ele dizia, 'Eu não estou tocando a terra. Aprendi um novo segredo, que o corpo nada mais é do que terra, e que ela contém não apenas os pés do meu Buda, meu mestre, mas todos os budas do passado, do presente e do futuro. Tocando-a, eu toco todos aqueles que tornaram-se despertos e fizeram com que o caminho ficasse claro para mim, mostraram-me o caminho.’

Mesmo depois que Buda morreu, ele continuou curvando-se, voltado para a mesma direção onde estava o corpo de Buda em seus últimos momentos. Ele nunca sentiu qualquer separação. E isto não foi apenas com ele, mas com todos os vinte e quatro discípulos que haviam se iluminado."

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Os inconscientemente infelizes

Os animais de circo, cresceram em cativeiro, estão tão acostumados ao sofrimento que acham que ele é natural. Assim é a maioria dos seres humanos que acreditam piamente que estão em um jardim de prazeres e não percebem o sofrimento acha que ele é natural.

Por isso podemos dizer que há seres humanos inconscientemente infelizes,os conscientemente infelizes e os que são conscientemente felizes.

Perceber a própria infelicidade é a porta da libertação.

domingo, 1 de maio de 2011

sobre a prática do refúgio

Com relação aos três refúgios, chamados as Três Jóias, diz-se que Buda é o mestre do refúgio, mas que o verdadeiro refúgio é o Dharma, a doutrina. O próprio Buda disse: " Eu ensino o caminho da liberação. A própria liberação depende de você". Da mesma perspectiva, disse Buda:"Você é o seu próprio mestre". A comunidade espiritual, Sangha,é formada pelos Bodhisatwas, pelos ouvintes e realizadores solitários, ou seja, por aqueles que tenham realizado a vacuidade diretamente. ( apenas lembrando, o que erroneamente muitos ocidentais pensam, vacuidade não é um nada)

terça-feira, 26 de abril de 2011

METRÓPOLES X NECRÓPOLES

Quando atingimos certas realizações na mente vamos perceber que onde a enorme maioria das pessoas enxergam Metrópoles, enxergamos Necrópoles.

Já parou para pensar que o que te separa dessa vida para a próxima é apenas uma respiração, se a próxima respiração na ocorrer você estará na próxima vida!?

Este mundo não é nossa casa – isso é um fato. Somos viajantes, estamos de passagem. Viemos de nossa vida anterior e em poucos anos ou dias vamos nos mudar para a próxima vida. Entramos neste mundo sozinhos e de mãos vazias e sairemos dele sozinhos e de mãos vazias. Tudo o que adquirimos nesta vida, inclusive nosso próprio corpo, terá que ser deixado para trás. As únicas coisas que se leva de uma vida para outra são as marcas de ações positivas e negativas. Se ignorarmos a morte, desperdiçaremos nossa vida com coisas que serão deixadas para trás; criaremos muitas ações negativas e viajaremos para a próxima vida sem nada, a não ser um pesado fardo de carma negativo.

Por outro lado, se a consciência da mortalidade for o pilar de nossa vida, daremos mais importância para o desenvolvimento espiritual do que para as aquisições deste mundo; nossa passagem pela vida será vista, principalmente, como uma oportunidade para cultivarmos paciência, amor, compaixão e sabedoria. Motivados por essas mentes virtuosas, praticaremos muitas ações positivas e, dessa forma, criaremos causas de felicidade futura. Quando nossa hora chegar, seremos capazes de morrer sem medo nem remorso, pois nossa mente estará fortalecida pelo carma virtuoso que criamos.

Lembre-se não existem Metrópoles e sim Necrópoles

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O que tem mais valor um saco de osso ou um saco de diamenates?

O que é tem mais valor um saco de osso ou um saco de diamantes?

A resposta parece óbvia e muitos dirão sem titubear: Um saco de diamantes! Na verdade isso depende: Para um cachorro o saco de osso é mais valioso, . Para um humano o diamantes tem mais valor.

Portanto o valor depende do carma e da necessidade. Para a mente que tem o carma de nascer como cachorro, o saco de osso será mais importante.Para a mente que tem o carma de nascer como humano mais valioso o diamante será.

Concluindo: As coisas não tem valores por si só, depende da mente que as observa, um saco de osso é apenas um saco de osso, um saco de diamante é apenas um saco de diamantes.E assim são todas as coisas na vida, elas não são boas e nem más, depende do carma das mentes que as observa.A mente é a medida de todas as coisas... compreendido isso... veja como esse texto se interage e está linkado com o texto abaixo no tópico anterior.Observe como ele responde a questão geração da infelicidade mental e do surgimento da raiva.Oh mente como é fácil praticar a perfeição de paciência.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Infelicidade mental é o combustível da raiva.

Por ter que fazer o que não ser quer e ser impedido de fazer o que se quer, é inevitável que as pessoas gerem infelicidade mental que se torna o combustível para a raiva crescer e as pessoas se auto destruirem.

Portanto, nunca devemos aceitar esse combustível, a infelicidade mental que faz a raiva crescer em nossa mente.Pois, o ódio, a raiva é um inimigo que não tem outra função se não prejudicar as pessoas.

domingo, 2 de janeiro de 2011

A primeira pratica que Buda ensinou;

A causa cármica da riqueza é o dar, a generosidade.Buda viu que esse mundo era muito pobre, por isso a primeira pratica que ele ensinou foi o dar, a generosidade. Se nesse mundo houvesse generosidade com certeza não haveria nenhum tipo de pobreza, 2600 anos se passaram e a falta de generosidade, o apego, ainda é muito grande.