sexta-feira, 19 de junho de 2009
Trocar o eu por outros
Nos slides acima há dois tipos de sofrimento bastante nítidos. De um lado, o sofrimento da insatisfação, o ser humano nunca se contenta com que tem,por viver em mundo incerto e sem controle, por causa do próprio descontrole da sua mente, ele passa a não ter seus desejos satisfeitos, logo se torna, por uma questão de familiaridade, completamente insatisfeito. Do outro lado, o sofrimento da dor manifesta, um sofrimento claro e evidente.
O que mais me comove nesse slides que como puderam ver, eu recebi no fim de 2006, é que isso continua acontecer. Todo dia essas pessoas estão sofrendo, naturalmente agora são outras, pois aquelas com certeza já se foram. Antes de 2007 isso estava ocorrendo e agora em 2009 continua ocorrer,e nos anos futuros irá continuar... sem cessar...Isso é a rotina de pessoas que como eu e vc e todo mundo não querem sofrer querem apenas serem felizes.Logo não há diferença entre nós e eles. As coisas quando acontecem com outros são vistas como mera estatística, quando é conosco é uma tragédia! Imagina se fossemos nós, ou alguém muito querido de nós que lá estivesse.
Somos muitas vezes incapazes de nos comover com o sofrimento do outro,por que estamos acostumados a apreciar a nós mesmos.Precisamos aprender a trocar o eu por outros, por que o nosso auto apreço é a raiz de todos os nossos problemas, enquanto a mente que aprecia os outros é a fonte de toda felicidade.Praticando assim, encontraremos felicidade temporária e última. Em um poema escrito por Shantideva ele diz:
O infantil trabalha em beneficio próprio;
Os Budas, os iluminados, trabalham para o beneficio dos outros.
Basta ver a diferença entre eles!
Podemos achar extremamente difícil apreciar os outros ou mesmo o nosso pior inimigo, tornam se fáceis pelo poder da familiaridade. O corpo que apreciamos hoje, de fato, não nos pertence, surgiu do espermatozóide de nosso pai e do óvulo de nossa mãe. Contudo pensamos nele como nosso corpo, devido a grande familiariedade que temos com ele. Assim como acostumamos a apreciar esse corpo como se fosse nosso, quando, de fato, ele pertence aos nossos pais, também podemos tomar os outros como nosso objeto de apreço e, gradualmente, nos acostumar com essa idéia até que, pelo poder completo da familiariedade, torna-se a fácil apreciar os outros como a nós mesmo!
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