O termo tibetano para designar tranqüilo- permanecer é zhi na. Zhi significa tranqüilo ou apaziguado e na significa permanecer ou ficar. O tranqüilo permanecer é, portanto, uma mente que apaziguou as distrações e permanece concentrada, de maneira unifocalizada, em seu objeto. Define-se tranqüilo permanecer como uma concentração que possui o êxtase da maleabilidade física e mental. Essas maleabilidades são alcançadas no final das nove permanências mentais. Com esforço, não é difícil gerarmos uma mente capaz de manter-se unifocalizada num único objeto por longo tempo, mas isso ainda não o tranqüilo permanecer. O tranqüilo - permanecer só será atingido se aperfeiçoarmos essa mente, até que ela cause o êxtase especial da maleabilidade.
Devemos gerar o tranqüilo permanecer tanto em benefício próprio como em beneficio dos outros. Visto que não queremos sofrer, precisamos eliminar a causa do sofrimento, o auto agarramento. Para fazê-lo, temos que realizar diretamente a vacuidade, o que não é possível sem antes atingir o tranqüilo permanecer. Isso explica porque a vacuidade é um objeto muito sutil e, para realizá-la diretamente, precisamos da sabedoria especial da visão superior; essa sabedoria, por sua vez provém do tranqüilo permanecer. Nossa mente é insubordinada, sujeita a distrações, e sua natureza é o movimento. Para realizar a vacuidade de maneira direta, nossa mente precisa tornar-se muito serena e refinada pelo poder do tranqüilo permanecer.
Antes de desenvolver a concentração, sentimos algum desconforto físico e mental quase o tempo todo. Nosso estado mental muda com muita rapidez. A felicidade vai e vem. Nossa condição física também se altera num instante. Podemos estar bem pela manhã e adoentados ao anoitecer. Depois de atingir o tranqüilo permanecer, deixamos de sentir desconforto físico ou mental. Nossa mente se acalma, conseguimos sempre gerar pensamentos e sentimentos virtuosos, bem como criar as causas da felicidade.
Quando atingimos o tranqüilo permanecer, além de recebermos todos os benefícios, tornamo-nos capazes de beneficiar enormemente os outros, pois esse estado nos dá origem a outras aquisições, como os diversos tipos de clarividência. Existem cinco tipos de clarividência: a clarividência do olho divino, do ouvido divino, de conhecer mentes alheias, de recordar vidas passadas, a clarividência dos poderes miraculosos. Com clarividência do olho divino, vemos o que pessoas em lugares longínquos estão experienciando; e com a clarividência de conhecer mentes alheias, conseguimos saber o que pensam e quais os seus problemas.
Certa vez, um rei testou Arya Assanga para descobrir se ele tinha ou não clarividência. Interrogou-o diante de uma vasta assembléia mas, em vez de fazer as perguntas em voz alta, ele as fazia mentalmente. As perguntas eram sobre o sutras perfeição de sabedoria, e Assanga, com sua clarividência, respondeu todas as perguntas silenciosas do rei.
No momento atual, quando praticamos uma ação virtuosa e queremos manter a mente focalizada nela, continuamos a ter distrações e pensamentos negativos; portanto nossa virtude é fraca e impura. A mente o tempo todo perturbada por delusões, como raiva, apego desejoso, inveja. Nossa memória é imprecisa e instável e nossa inteligência obtusa. Entretanto, com o tranqüilo permanecer, obtemos o êxtase da maleabilidade física e mental e os antigos obstáculos à concentração desaparecem. Nosso corpo torna-se leve e maleável e saudável e nos sentimos leves como algodão; é como se pudéssemos atravessar paredes. Não sentimos desconfortos físicos e dispomos de uma energia para executar qualquer ação virtuosa. Mesmo sem fazer exercícios físicos, nosso corpo é maleável, bem preparado, e somos capazes de permanecer em concentração por longos períodos, sem desconforto. Sentimo-nos calmos o tempo todo, pois nossa mente está livre de tensão. Ela está sempre maleável e flexível.
Com o tranqüilo permanecer, suportamos circunstâncias difíceis e privações. Mesmo se ficarmos bastante tempo sem comer, não sentiremos nenhum desconforto. No Tibete, ainda vivem alguns monges, em remotas cavernas, que nunca foram descobertas pelos chineses, desde a invasão em 1959. Conseguem viver em seus retiros solitários, privados da comida que costumavam receber da população leiga.
Como fazem isso? Graças ao tranqüilo permanecer. Embora não sejam famosos eruditos, são praticantes sérios, com grande força interior e muitas realizações.É dessa força interior que tiram seu alimento e proteção.
Devemos contemplar os benefícios de desenvolver o tranqüilo permanecer, até gerarmos um imenso desejo de praticá-lo. Quando esse desejo surgir com clareza em nossa mente, passamos a meditação posicionada, para nos familiarizarmos com ele.
Futuramente voltaremos a falar mais sobre esse assunto de como atingir o tranqüilo permanecer.
Como complemento aconselho a leitura desses textos
Devemos gerar o tranqüilo permanecer tanto em benefício próprio como em beneficio dos outros. Visto que não queremos sofrer, precisamos eliminar a causa do sofrimento, o auto agarramento. Para fazê-lo, temos que realizar diretamente a vacuidade, o que não é possível sem antes atingir o tranqüilo permanecer. Isso explica porque a vacuidade é um objeto muito sutil e, para realizá-la diretamente, precisamos da sabedoria especial da visão superior; essa sabedoria, por sua vez provém do tranqüilo permanecer. Nossa mente é insubordinada, sujeita a distrações, e sua natureza é o movimento. Para realizar a vacuidade de maneira direta, nossa mente precisa tornar-se muito serena e refinada pelo poder do tranqüilo permanecer.
Antes de desenvolver a concentração, sentimos algum desconforto físico e mental quase o tempo todo. Nosso estado mental muda com muita rapidez. A felicidade vai e vem. Nossa condição física também se altera num instante. Podemos estar bem pela manhã e adoentados ao anoitecer. Depois de atingir o tranqüilo permanecer, deixamos de sentir desconforto físico ou mental. Nossa mente se acalma, conseguimos sempre gerar pensamentos e sentimentos virtuosos, bem como criar as causas da felicidade.
Quando atingimos o tranqüilo permanecer, além de recebermos todos os benefícios, tornamo-nos capazes de beneficiar enormemente os outros, pois esse estado nos dá origem a outras aquisições, como os diversos tipos de clarividência. Existem cinco tipos de clarividência: a clarividência do olho divino, do ouvido divino, de conhecer mentes alheias, de recordar vidas passadas, a clarividência dos poderes miraculosos. Com clarividência do olho divino, vemos o que pessoas em lugares longínquos estão experienciando; e com a clarividência de conhecer mentes alheias, conseguimos saber o que pensam e quais os seus problemas.
Certa vez, um rei testou Arya Assanga para descobrir se ele tinha ou não clarividência. Interrogou-o diante de uma vasta assembléia mas, em vez de fazer as perguntas em voz alta, ele as fazia mentalmente. As perguntas eram sobre o sutras perfeição de sabedoria, e Assanga, com sua clarividência, respondeu todas as perguntas silenciosas do rei.
No momento atual, quando praticamos uma ação virtuosa e queremos manter a mente focalizada nela, continuamos a ter distrações e pensamentos negativos; portanto nossa virtude é fraca e impura. A mente o tempo todo perturbada por delusões, como raiva, apego desejoso, inveja. Nossa memória é imprecisa e instável e nossa inteligência obtusa. Entretanto, com o tranqüilo permanecer, obtemos o êxtase da maleabilidade física e mental e os antigos obstáculos à concentração desaparecem. Nosso corpo torna-se leve e maleável e saudável e nos sentimos leves como algodão; é como se pudéssemos atravessar paredes. Não sentimos desconfortos físicos e dispomos de uma energia para executar qualquer ação virtuosa. Mesmo sem fazer exercícios físicos, nosso corpo é maleável, bem preparado, e somos capazes de permanecer em concentração por longos períodos, sem desconforto. Sentimo-nos calmos o tempo todo, pois nossa mente está livre de tensão. Ela está sempre maleável e flexível.
Com o tranqüilo permanecer, suportamos circunstâncias difíceis e privações. Mesmo se ficarmos bastante tempo sem comer, não sentiremos nenhum desconforto. No Tibete, ainda vivem alguns monges, em remotas cavernas, que nunca foram descobertas pelos chineses, desde a invasão em 1959. Conseguem viver em seus retiros solitários, privados da comida que costumavam receber da população leiga.
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COMO DEVO COMECAR COM A MEDITACAO E TER EXITO?
ResponderExcluirCOMO DEVO COMECAR COM A MEDITACAO E TER EXITO?
ResponderExcluirCOMO DEVO COMECAR COM A MEDITACAO E TER EXITO...
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ResponderExcluirprocure os primeiros textos desse blog que ensinamos como fazer meditação
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