Avacuidade não é um “nada”, mas é a real natureza dos fenômenos.
Verdade última, vacuidade e natureza última dos fenômenos são o mesmo.
É preciso saber que todos os nossos problemas surgem porque não compreendemos a verdade última. Permanecemos na prisão do samsara porque, devido às nossas delusões, continuamos a nos envolver em ações contaminadas. Todas as nossas delusões surgem da ignorância do auto-agarramento.
A ignorância do auto-agarramento é a fonte de todos os nossos problemas e negatividades, e a única maneira de erradicá-la consiste em realizar a vacuidade. Não é fácil compreender a vacuidade, mas é extremamente importante nos esforçarmos para fazê-lo. Nossos esforços serão, por fim, recompensados com a cessação permanente do sofrimento e com o êxtase incessante da plena iluminação.
O propósito de compreender a vacuidade e meditar sobre ela é livrar nossa mente de concepções errôneas e aparências equivocadas, para que venhamos a nos tornar um ser completamente puro, ou iluminado.
Neste contexto, o termo “concepção errônea” refere-se à ignorância do auto-agarramento – uma mente conceitual que se agarra aos objetos como se fossem verdadeiramente existentes; e “aparência equivocada” refere-se à aparência de existência verdadeira dos objetos. Concepções errôneas são obstruções à libertação e aparências equivocadas são obstruções à onisciência. Só um Buda abandonou ambas as obstruções.
Existem dois tipos de auto-agarramento: de pessoas e de fenômenos. Com o primeiro, agarramo-nos ao nosso próprio eu e ao eu dos outros como se fossem verdadeiramente existentes; com o segundo, agarramo-nos aos demais fenômenos como se fossem verdadeiramente existentes. As mentes que apreendem nosso corpo e mente, nossas posses e o mundo como verdadeiramente existentes são exemplos do auto-agarramento de fenômenos.
A principal finalidade de meditar sobre a vacuidade é reduzir e, por fim, eliminar os dois tipos de auto-agarramento. O auto-agarramento é a fonte de todos os nossos problemas; nosso sofrimento é diretamente proporcional à intensidade do nosso auto-agarramento.
Por exemplo, quando nosso auto-agarramento está muito forte, ficamos aborrecidos até quando alguém nos provoca de brincadeira, ao passo que em outras ocasiões, quando está mais fraco, podemos até rir com a pessoa que nos provocou. Uma vez que tenhamos destruído por completo nosso auto-agarramento, todos os nossos problemas desaparecerão naturalmente. Até temporariamente, meditar sobre a vacuidade é muito útil para superarmos ansiedad
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
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